9 de Novembro, 2024
N2

4ª Etapa: Gois – Ponte Sor

A partida fez-se de onde tínhamos ficado em Góis. A primeira paragem foi num miradouro de onde pudemos ver ao Km 300 Alvares. Terra de uma amiga de infância, transmite serenidade a apenas se ouviam as vozes de crianças a brincar na praia fluvial.

Seguimos caminho pela estrada nacional atravessando aldeias e vilas de maiores ou menores dimensões como Pedrogão Grande, Cumeada e Bemposta. Passamos por placas da EN2 famosas e que soltam sempre uma gargalhada em especial ás crianças mas os adultos não resistem!

Passagem feita pela barragem e albufeira do Cabril, com acesso a praia que por acaso estava bem concorrida. Tem zona delimitada de piscina vigiada mesmo aquilo que este calor pede. Cá em cima um cafezito simpático onde sentamos ao fresco a admirar as paisagens de verde a água.

A grande paragem seguinte foi na Sertã. Por aí almoçamos no restaurante Ponte Romana, O Delfim. Ficamos nas mesas exteriores com vista para a ponte Filipina e a área envolvente verde.

A Sertã vale muito a pena uma paragem mais prolongada. é uma região com historia, com muitos pontos de visita. Começámos por carimbar o passaporte na loja de artesanato, onde o senhor que la estava nos fez uma apresentação fantástica e nos cativou o interesse para visitar mais um pouco.

Começámos pela entrada na Sertã onde passa de imediato pela fonte da Boneca, que durante muitos anos foi o único local de fornecimento de água local.

Seguiu-se a Ponte Filipina também conhecida por Ponte da Carvalha, Ponte Velha ou Ponte da Várzea e o parque verde envolvente de uma tranquilidade inigualável dentro de um local tão movimentado de pessoas e carros. A ponte foi construída no reinado Filipino para substituir uma pote romana aí existente e degradada.

No jardim existe ainda o Lagar da Vara, que só é aberto e dias de festa local.

Fomos ainda até ao Castelo da sertã local de onde deriva o nome da Vila, e que tem a sua origem na Lenda de Celinda.

Segundo a lenda, o castelo da Sertã terá sido edificado em 74 a.C. por Quinto Sertório, general romano, que foi exilado por razões políticas. Veio para a Península Ibérica por volta do ano 80 a.C. e aliou-se aos Lusitanos após estes lhe terem prometido o seu apoio e o terem convidado a ser seu líder.

Nas lutas ocorridas na conquista da Lusitânia, houve um ataque romano ao castelo, durante o qual o chefe do castelo faleceu dando lugar a uma lenda ligada à origem do nome desta vila.

Ela conta-nos a bravura de Celinda, esposa do chefe do castelo, perante um dos ataques romanos. Conhecendo a infausta notícia da morte do marido, quando dentro do castelo fritava ovos numa sertage [frigideira quadrada], e sabendo da aproximação dos inimigos das muralhas, subiu às ameias e com este utensílio cheio de azeite fervente despejou-o sobre os atacantes para defender o castelo e vingar a morte do marido.

Atuando dessa forma obrigou-os a recuar, impedindo-os de entrar até que chegasse o indispensável reforço dos lugares vizinhos. Para memória de tão inaudita façanha se deu o nome à vila que, até então, tinha um nome desconhecido.

Fonte: https://turismo.cm-serta.pt/turismopt/a-sert%C3%A3/a-lenda-da-celinda

Do castelo consegue ver praticamente toda a vila. É um castelo de cinco quinas, pouco usual nas tradições da epoca. Dentro do castelo conta ainda com a capela de São João Baptista que estava fechada. Em 1999 um projecto de requalificação admite ainda dentro do castelo uma capela anterior a esta, assim como um celeiro.

Seguimos viagem até Vila de Rei onde visitamos o Centro Geodesico, onde funciona o museu da geodesia. As paisagem são infinitas e no museu tem a oportunidade de carimbar o passaporte, aprender um pouco o que é e para que serve a geodesia e para os mais novos trazer um diploma de visita.

A paragem seguinte foi ainda em Vila de Rei no miradouro e na praia fluvial do Penedo Furado, hora de ir a banhos para refrescar, que segundo os minis Bandeiras foi mesmo Bom. Agua fresca, com peixinhos… Vai um mergulho?

Abrantes é a paragem seguinte, breve e para desfrutar de um descanso. Atravessamos o Tejo para ir até ao Parque Tejo onde carimbamos o passaporte. Ainda com um marco quilométrico gigante e alusivo aos 75 anos da EN2.

Pernoita em Ponte Sor, que vamos visitar de manhã.

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