by Saídos da vila seguimos para o campo onde se deu a referida batalha que fica em São Jorge, a 11 km de Aljubarrota, e onde se encontra o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota ou Batalha Real, assim chamada pois ambas as forças eram comandadas pelos seus soberanos. Aconteceu a 14 de Agosto de 1385.
O centro é um edifício simples mas dedicado a um marco muito importante da historia portuguesa. Uma Batalha onde os portugueses estavam em clara desvantagem pois os castelhanos seriam entre 30.000 a 40.000, enquanto nós apenas entre 6.000 a 10.000 homens.
Tudo começa após a morte de D Fernando o qual não deixou filho varão e a sua única filha havia casado com o rei castelhano. Assim, com vista a tomar posse do reino, os castelhanos dirigiram-se a Lisboa para conquistar a cidade, aproveitando-se da confusão da sucessão ao trono de Portugal que se gerou com o referido casamento da Infanta D. Beatriz com o Rei João de Castela.
Os portugueses conseguiram então travar o exército castelhano, numa batalha liderada pelo Rei D. João I e por D. Nuno Alvares Pereira o qual seria responsável pela estratégia escolhida, utilizando várias técnicas nomeadamente a técnica do quadrado, a qual permitiu vencer a batalha decidindo-se assim finalmente o destino do reino.
O Centro conta com uma sala museu onde se pode observar nas paredes o percurso histórico do reino e particularidades da batalha. Tem disponíveis algumas armas que podemos experimentar e que fazem as delicias de miúdos e graúdos, e para as quais também não ficamos indiferentes.
Ponto alto, o centro conta com uma sala multimídia onde não podemos filmar nem fotografar o onde nos é permitido assistir a uma filme sobre a batalha e o contexto politico e social da altura. O filme está simples mas muito interessante e prende facilmente a atenção de todos na sala independentemente das idades. Da nossa parte muito recomendado e a repetir um dia. Depois passeamos pelo espaço exterior onde estão assinalados todos os locais onde se deu o encontro das duas forças guerreiras e de onde cada uma partiu.
Ao fundo é ainda possível ver a capela de São Jorge mandada edificar por D. Nuno Alvares Pereira precisamente no local onde esteve posicionado na vanguarda portuguesa. Á esquerda da porta da capela encontra uma bilha de água, a qual está associada a uma lenda, a lenda da bilha de São Jorge, que diz assim:
“No dia da Batalha de Aljubarrota, encontravam-se os exércitos frente a frente, sob um sol abrasador. Temendo mais a sede que o exército inimigo, Nuno Álvares Pereira incumbiu Antão Vasques de procurar água, uma tarefa difícil dada a secura dos regatos.
Após algum tempo, já desesperado, Antão Vasques desceu do cavalo, ajoelhou-se na terra poeirenta e pediu a S. Jorge que o ajudasse. No mesmo instante, surgiu uma camponesa com uma bilha de água.
Quanto mais dela se bebia mais de água se enchia. Uma água que saciava a sede e renovava as forças e o espírito.
Os castelhanos atacaram, certos de encontrar os soldados enfraquecidos pela espera e pela sede, mas os portugueses aguentaram firmes e, para grande surpresa dos castelhanos, ganharam a batalha.”
Fonte: https://www.infopedia.pt/$a-bilha-de-agua-lenda-da-bilha-de-s.-jorge
Passeio muito recomendado, as crianças Bandeiras adoraram e os pais também. A Mini Bandeiras está agora a aprender esta matéria na escola e por isso esteve muito entusiasmada a comparar o que já tinha aprendido com o que nos foi permitido observar e experienciar.
